Metodologia De Testes No Desenvolvimento De Softwares II

Metodologia De Testes No Desenvolvimento De Softwares II

Ao que concerne as metodologias de testes utilizadas no desenvolvimento ágil de softwares que trabalhamos aqui na Zydax, apresentamos previamente, no artigo anterior, algumas nas quais trabalhamos. Buscando entender sua utilização e as vantagens que apresentam no desenvolvimento de sistemas, os testes automatizados, utilizando-se das metodologias de TDD e os testes de regressão. O presente artigo tem como objetivo continuar as análises acerca do tema, apresentando um outro tipo de metodologia: Os testes manuais.

Primeiramente, os testes manuais podem ser executados de duas maneiras: testar algumas funcionalidades manualmente para entender como é o seu funcionamento e, em seguida, saber o que se deve automatizar. Ou, uma outra forma de executá-los é no momento final como forma de validação aos testes automatizados.  Os testes manuais são importantes pois trazem a visão do usuário para dentro do sistema, que é diferente do que ter uma visão amplamente automatizada do sistema.

Os testes manuais geralmente são desenvolvidos pelo setor de Q.A. O termo deriva do inglês “Quality Assurance” e diz respeito a garantia de qualidade que o sistema deve atender de acordo com os requisitos propostos pelo cliente. Em linhas gerais, é a equipe responsável por garantir que o sistema seja entregue com a garantia de ser um produto de excelência, essa equipe é formada por um outro “QA”, os “Quality Analysts”, ou do português, os analistasde qualidade. Essa equipe é responsável por algumas funções, como:

– Análise de Teste: Analisar quais erros são mais susceptíveis de ocorrer dentro do software e como cobrir as áreas de risco com eficiência de acordo com os recursos disponíveis.

– Testes Manuais: Rodar de forma manual as funcionalidades desejadas buscando antever erros.

– Validação das funcionalidades: Garantir que o sistema atende plenamente as necessidades do usuário.

– Testes Exploratórios: Achar brechas que os desenvolvedores não pensaram ao escrever o código, tentando entender como o usuário final utilizaria o produto.

– Documentação e coleta de evidências: Os testes realizados geram informações relevantes e necessárias para todo o desenvolvimento do software. Nesse sentido, para além de apenas testar é necessário guardar e evidenciar as funcionalidades testadas, para que oriente e possibilite o trabalho das outras equipes de desenvolvimento.

– Tomada de decisão: As equipes de Q.A participam ativamente das tomadas de decisão (Go/No-Go) de novas funções e produtos.

Em paralelo, é preciso estar atento para que não se confunda dois tipos de profissionais, o analista de teste e o analista de qualidade. O Analista de teste é quem valida o produto, o analista de qualidade é quem valida o processo.

Por fim, vale ressaltar que geralmente as metodologias de teste manuais são utilizadas em concordância com outras formas de testes automatizados e cabe ao analista de qualidade se utilizar do seu conhecimento e ferramentas disponíveis para otimizar o trabalho. A garantia de qualidade do processo é um trabalho baseado muito menos na execução e mais na criação, é entender o produto de acordo com o usuário, é transformar o software de forma a propor sempre a melhor experiência ao usuário final.